NOTÍCIAS

CBF confirma paralisação do calendário durante Copas do Mundo

Rio de Janeiro, RJ, 01 (AFI) – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que o calendário do futebol brasileiro entre 2026 e 2029 terá paralisações durante as Copas do Mundo. O Brasileirão, a Copa do Brasil e as competições regionais serão interrompidos em 2026, quando o Mundial masculino será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá, e em 2027, quando o Brasil receberá a Copa do Mundo Feminina.

A entidade afirma que a intenção é evitar conflitos entre jogos de clubes e seleções. Isso significa que, ao contrário do que ocorreu em outros ciclos, os torneios nacionais não terão rodadas em paralelo às Copas, permitindo que atletas convocados fiquem totalmente à disposição. A medida também valerá em 2028, por conta da Copa América ampliada.

A decisão altera de forma significativa a organização das temporadas. O Campeonato Brasileiro passará a ter início em janeiro e terminar em dezembro, mas precisará ser suspenso por semanas inteiras em anos de competições da Fifa. Com isso, a tabela deve ser comprimida em outros períodos, aumentando a pressão sobre clubes e atletas.

MAIS DETALHES!

No caso da Copa do Mundo de 2026, a interrupção será de quase 40 dias. Em 2027, além da pausa para a Copa Feminina, está prevista uma adequação maior das Datas Fifa, reduzindo a sobreposição entre compromissos da seleção e rodadas nacionais. Em 2028, a Copa América também obrigará a redefinição do cronograma.

A Copa do Brasil seguirá no novo formato definido pela CBF, mas também terá que se adaptar às interrupções. A competição terá finais em jogo único em dezembro, o que faz da paralisação um desafio extra para o encaixe das 14 datas previstas a partir de 2026.

Os campeonatos estaduais serão reduzidos a 11 datas para abrir espaço ao Brasileirão estendido e às pausas obrigatórias. Federações como a paulista e a carioca já questionam como manter o apelo comercial com menos rodadas e com o calendário ainda mais espremido.

Apesar da justificativa oficial, dirigentes de federações regionais e especialistas em gestão esportiva avaliam que a concentração de jogos fora das pausas trará novos desequilíbrios e pode intensificar a desigualdade entre clubes que contam com elencos robustos e os que não têm reposições.